domingo, 7 de setembro de 2008

Não somos mais os melhores

Por Leandro Carneiro

O Brasil ser sexto, talvez quinto, no fim da sétima rodada das Eliminatórias Sul-Americana é um absurdo? Talvez, mas uma derrota dos brasileiros frente ao Chile não é algo tão assustador. Não, eu não concordo com Dunga e acho que outro treinador deveria assumir o cargo.

O que muitos ou talvez todos brasileiros não perceberam é que a atual geração do Brasil não é sensacional como as anteriores. Há um ano, eu fiz um texto criticando os jogadores do país que estavam atuando no exterior e provei que muitos deles não eram os melhores, os destaques de seus times, tirando raras exceções.

Queremos sempre o Brasil no topo, mas ser pentacampeão mundial nos torna os maiores vencedores da Copa do Mundo e não os melhores para sempre. Pois, se essa fosse a regra, o Independiente, da Argentina, seria o melhor clube da Libertadores todos os anos, o que não acontece faz muito tempo.

Começando a comparação pelo treinador e após o possível time que entrará em campo em Santiago, provarei que o Brasil não é tão mais forte e isso não significa que devo ou irei me mudar para o exterior, viu Júlio César.

Dunga, não é o favorito da maioria e talvez também não da minoria, mas é quem comanda. Listar o nome de Mourinho, Luxemburgo, Muricy Ramalho, Abel Braga, Felipão, Roberto Mancini, Alex Ferguson e Arsenè Wenger, entre outros seria covardia com o brasileiro.

No gol, temos Júlio César que é bom, porém está atrás de alguns nomes como Buffon, Cech, Casillas e Van der Sar.

Nas laterais, Kleber e Maicon começarão jogando. O primeiro está em baixa até no futebol brasileiro e até o seu reserva, Juan, é melhor. O segundo tem mantido uma boa regularidade, não é um Cafu, está abaixo de Lahm, mas é alguém que talvez se safe de críticas.

A zaga talvez se iguale com as melhores do mundo quando temos Juan e Lúcio, mas quem jogará será Luisão. São bons, não os questiono, tem alguns melhores, mas nada muito que chame a atenção.

Entraremos agora na partida pior do time. Gilberto Silva e Josué são os dois volantes. Gattuso e Pirlo são os da Itália, na Inglaterra temos o Lampard, na Argentina, o Mascherano e Cambiasso. Preciso mesmo continuar ou isso já basta?

Diego é o meia único. Se fosse Kaká, o time estaria melhor, de fato. Mas não o é. Riquelme na Argentina é melhor. Joe Cole na Inglaterra também. Silva na Espanha, Valdívia no Chile, Sneidjer na Holanda e Deco em Portugal. Talvez, isso baste.

Robinho e Ronaldinho Gaúcho não vivem grande fase. O primeiro tem achado que é mais do que é. Na Europa, nunca provou ser melhor que ninguém dos grandes nomes. O segundo melhorou, mas está abaixo de Messi, Cristiano Ronaldo e Silva.

Para finalizar, Luís Fabiano é bom, mas está abaixo de Ibrahimovic, Drogba, Rooney, Van Nistelrooy, Klose, Toni, entre outros.

Dói? Sim, mas o Brasil é menos que foi um dia. Abaixo fica um vídeo antigo do Brasil. Que saudades de grandes jogadores, de grandes seleções. Novamente, não desejo morar fora Júlio César, muito menos ser presidente de outro país.