domingo, 24 de fevereiro de 2008

Fala que eu te escuto

por Vinícius Souto

Não arrisco dizer que o futebol é construído só por boladas e caneladas. Tem mais. O bastidor talvez seja a pitada necessária pra tornar a paixão brasileira ainda mais gostosa. Vozes de todo canto ganham espaço e botam som, ora engraçados, ora polêmicos, no ouvido do torcedor. Um jogador fala daqui, um técnico polemiza dali. Tem tudo e pra todos. Eis a gritaria que não se cala.

Há dizeres que nos põem à reflexão. Por exemplo: “é melhor ser bicha que ladrão”, afirmou o árbitro Margarida. Ou “se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava sempre empatado”, filosofou o técnico João Saldanha. Pode parecer óbvio, mas é bom lembrar, não é, Falcão: “a gente só perde se não ganhar”. Benchflower, atleta irlandês, faz a linha estrategista: “a tática é empatar antes que o outro time faça o primeiro gol”.

O zagueiro Fabão disse na despedida do Flamengo: “A partir de agora meu coração tem uma cor só: rubro-negro”. Seguindo nas engraçadas e mal pensadas: “Esse é um gol que dedico particularmente a todos”, frase de Toto Schilacci, italiano. O que dizer do atacante Jardel? “Quando o jogo está tenso, minha naftalina sobe”. Pô, só usa a cabeça dentro da área.

Não é difícil ouvir reclamação daqueles envolvidos com a redonda. Discreto, o jogador inglês Ian Wright, disparou: “sem querer criticar o Beckham, mas perdemos por causa dele”. Neto, o sempre-com-razão, soltou a pérola: “se bandeirinha fosse bom era juiz”. Tem a cornetagem aos corneteiros: “no Maracanã, se vaia até minuto de silêncio”, disse o escritor Nelson Rodrigues.

Vampeta arriscou a pele e apresentou o Flamengo: “aqui eles fingem que pagam e a gente finge que joga”. O treinador Levir Culpi mostrou humildade: “sou um burro com sorte”. Coisa que o grande baixinho Romário não fez: “quando nasci, Deus apontou pra mim e disse ‘esse é o cara’”. Eto’o mesclou ambos: “Beckham é mais charmoso, mas jogo mais que ele”.

Tem o exagerado (ou não): “o medo do homem diante da morte é como o medo do goleiro diante do pênalti”, desabafou Pagliuca. Túlio, fazedor de gols, também acha: “minha missão na Terra é fazer gols. Para isso fui criado”. Claudiomiro leva ao pé da letra: “azulejos? Não. Sou colorado. Vou botar vermelhejos”. Dunga, hoje comandante da seleção, veste a camisa (espalhafatosas, geralmente): “meu contrato com o Internacional é a vida”.

Diga o que vier à mente. A bola inspira o melhor e pior sentimento. Luis Fernando Verissimo definiu bem: “só o futebol permite que você sinta aos 60 anos o que sentia aos 6”. Tomara mesmo!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Qual é o papel da mídia esportiva?

Por Danilo Lavieri Ribeiro *

Caro leitor, e se eu te dissesse que o pai de Ayrton Senna está sendo acusado de manter 82 pessoas em condições de escravidão? Você acreditaria?

Pois é, sim, Milton da Silva, pai do grande herói da Fórmula 1 brasileira, está sob suspeita de, em um terreno de seis mil hectares, na Bahia, deixar 82 trabalhadores em condições sub-humanas.

Até aí, você pode ter tido uma grande novidade, e pensado. ‘Que furo! Um blog desses, muito menor que grandes sites de esportes, sendo o primeiro a dar uma notícia de tamanha importância’.

Não somos o primeiro site brasileiro a dar a notícia. Mas, talvez, o primeiro a dar devido destaque a tamanho problema. Apesar disso, a notícia é velha. Desde o último dia 13, o jornal italiano ‘Gazzetta dello Sport’ noticia essa atitude lamentável.

Mas por que será que ninguém falou nada? Será que nenhum veículo de grande porte, como Globo, não tem um profissional que veja sites internacionais em busca de uma notícia? Duvido. Será que grandes jornais esportivos, como Lance, não tem um jornalista responsável pela ronda em um dos mais importantes noticiários esportivos da Europa?

A resposta, na minha visão, é simples: manter a imagem de santo, de herói. Até que ponto é legítimo manter uma notícia de tal importância escondida do público só pra manter a imagem de um grande vencedor no esporte intacta? Não questionei, aqui, a qualidade de Senna. Sem dúvida, era competente no que fazia.

Mas será que é justo com o público, na maioria das vezes refém dos meios de comunicação, ser privado dessa notícia? Será que se divulgada, realmente queimaria a imagem do herói da nação?

É de se pensar. Acredito que a mídia sempre deve ser imparcial. É emocionante ver os narradores gritando e exaltando o talento do brasileiro, mas é deprimente a mídia esconder, abafar uma notícia tão importante de tal forma.

Duvida? Clique aqui.

*Agradecimentos a Gabriel Manetta Marquezin pela indicação de pauta e pela ajuda no italiano.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Brasil tem tarde muito triste

Por Leandro Carneiro

Quarta-feira à tarde, Milan e Livorno se enfrentam no estádio San Siro e o futebol brasileiro recebe uma notícia muito triste na segunda etapa. O atacante Ronaldo Nazário volta a se lesionar com certa seriedade e faz os torcedores relembrar a cena em que o jogador estourou o joelho contra a Lazio no ano de 2000.

O atleta ficou em campo apenas dois minutos, não tocou na bola, sofreu o penalti e saiu machucado. A lesão aconteceu no joelho esquerdo e levou o matador a deixar o campo chorando muito.

Um dia triste não só para o matador como para todos brasileiros. O sonho de ver o atacante voltar a vestir a camisa da seleção brasileira fica mais distante, porém muito mais que isso vemos o maior artilheiro da história da Copa do Mundo deixar o gramado com muitas dores e voltar para o departamento médico.

Idolo no Barcelona, Internazionale, Milan, Real Madrid, PSV e Cruzeiro, o atleta preocupa muito e tem suspeita de um rompimento do tendão da patela, a mesma de 2000, porém naquela época foi no outro joelho. Pelo Brasil, o matador tem a marca de ser o segundo maior artilheiro, 22 gols a menos que o líder Pelé.

Fica aqui neste texto o relato e a torcida pelo maior jogador de futebol que vi jogar. Ronaldo não é apenas mais um atleta rico e que alegra a torcida fazendo gols. O matador é um verdadeiro herói deste país e do mundo. Espero ver o atacante voltar aos gramados para que alegre todos nos do Brasil com mais gols e mais prêmios de melhor jogador do Mundo, como em 1996, 1997 e 2002.

Abaixo fica um vídeo para os amantes do futebol e principalmente os fãs do Ronaldo. Volte logo melhor jogador brasileiro que vi atuar, dê a volta por cima novamente e valeu por tudo!!!



sábado, 9 de fevereiro de 2008

Espetáculo nas quadras

Por Leandro Carneiro

Ontem descobri um novo esporte. Sexta-feira à noite todos pensam em sair, mas eu ganhei de presente o direito de acompanhar o jogo da National Basketball Association (NBA) entre Minnesota Timberwolves contra Boston Celtics, o último contra o primeiro. Por não conhecer achei que seria mais uma partida chata de basquete, mas pelo contrário consegui sentir emoção com a partida.

Longe de ser torcedor de qualquer um dos dois times, porém o ginásio Target Center estava lotado, apoiando o Timberwolves e deu uma emoção um pouco diferente para a partida.

A vitória foi do líder Boston Celtics, mas quem apostou em um jogo fácil se enganou. O espetáculo foi decidido nos últimos segundos e quando digo últimos quero dizer faltando menos de 1. O resultado foi 88 a 86, porém para mim a maior importância foi ter descoberto um esporte fantástico que no Brasil não tem o valor que deveria ser dado.

Após ver um jogo de tal qualidade, tenho um pedido a fazer a todas as autoridades responsáveis pelo basquete brasileiro. Invistam e façam nossa nação brilhar. Não cobro que tenhamos uma NBA aqui, mas uma levantada no esporte e em sua qualidade é algo necessário.

Para quem não conhece muito bem o basquete ou não gosta, recomendo que acompanhem na próxima semana o Show das Estrelas. Competição que reune os melhores jogadores do esporte dos Estado Unidos. Após assistir, muitos mudarão suas opiniões sobre o basquete.

Para finalizar, agradeço Pierce e Al Jefferson que foram os cestinhas do espetáculo com 18 pontos cada. O primeiro também foi o responsável pela incrível cesta nos últimos instantes do jogo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Técnico-personagem

por Vinícius Souto

Dirigir um time de futebol é difícil. Mas pode ser fácil se o time colaborar. No Brasil, estabilidade não é comum no vocabulário dos técnicos. A pressão da torcida, dos dirigentes e dos jogadores são capazes de fazê-los desempregados. Alguns até contam com a blindagem da mídia esportiva ou de um passado vitorioso. Porém, nem sempre bastam.

Existem tipos variados e peculiares de técnico. Por exemplo, Emerson Leão é daqueles que gosta de aparecer mais que o time. Com frases irônicas e muitas vezes incompreensíveis, não perde a chance de polemizar. Promovido a técnico de ponta quando surgiu com Robinho e Diego no Santos, 2002, hoje deixa dúvidas. Há quem diga que Leão salvou o Corinthians do rebaixamento em 2006 ou que levou o Atlético Mineiro à Copa Sul-Americana de 2008. Nesse ano, começou mal no Campeonato Paulista. Ele justifica: culpa do que sobrou da era Luxemburgo.

Wanderley Luxemburgo representa o estilo “executivo da bola”. A beira do gramado ficou pequena pra ele. Dá pitacos das categorias de base às decisões nas altas cúpulas dos clubes. É o famoso manager e ganha muito por isso. Dirigiu o Real Madrid e retornou com o rabinho entre as pernas. No Palmeiras, vai mal, mas não admite. “O time está formando uma identidade”. Não duvido, Luxemburgo é sabido e é o Luxemburgo.

Muricy Ramalho, do São Paulo, é do tipo rabugento, pra não dizer mal educado. Ele rebate: é seriedade. Na trajetória recente traz títulos e vices. Assinou contrato até 2009 com o time do Morumbi, fato raro. Não se cala durante os jogos, a não ser tomado pela gripe, como no jogo contra a Ponte Preta pelo Campeonato Paulista. A falta de simpatia com os jornalistas é amenizada por sua eficiência. Só ri quando a “piada é boa”. Esse começo de ano, definitivamente, não é de dar risada.

Mano Menezes é jovem perto dos outros medalhões do futebol brasileiro. É visto como ressuscitador. Salvou o Grêmio da segundona e agora carrega o fardo de trazer o Corinthians à elite. Seus pedidos de contrações foram atendidos, quase 15. Fala pouco, fala bem e não foge da raia. O time ainda não se acertou, mas, calma, Campeonato Paulista é “laboratório”. A Fiel torce para que os “ratinhos” se desenvolvam.

“Jogador da night“ tornou-se expressão conhecida devido aos atletas baladeiros. Renato Gaúcho era um deles e como técnico evita a hipocrisia. Continua. Carioca, do futvolêi, língua afiada, vem construindo carreira regular e conta com a confiança dos dirigentes no Fluminense. Balada? Aproveito, então, pra lembrar de Romário. Protagonista de mais uma obra do “fanfarrão” Eurico Miranda, não durou muito na condição de jogador-técnico-astro-baixinho-milgols. Inovou com treinos noturnos, ou “morcegos”, como apelidou, se escalou e dispensou jogadores. Contudo, na primeira discórdia com Eurico, escalar ou não o atacante Allan Kardec, pendurou a prancheta. Romário falou, tá falado.

Exemplos não faltam. Joel Santana atravessa boa fase no Flamengo, é tradicional, trabalha à moda antiga. Abel Braga não abandona o chicletinho, grita forte e tem bom comando no Internacional; no Internacional. Felipão, casca-grossa, mais um produto brasileiro transferido pra Portugal, retranca, bate e é bem visto. Antonio Lopes anda sumido. Nelsinho Baptista, a alternativa à alternativa, também. O desconhecido Jorvan Vieira é rei no Iraque, ganhou a Copa da Ásia. Parreira carrega um bom currículo e a praga, afundou agora a África do Sul; se a casa cair, ele ministra palestras.

Pra não dizer que esqueci. Dunga, marinheiro-de-primeira-viagem, é inovador, inventor e lacônico. Sério como nos tempos de volante. No comando da seleção, quebra paradigmas. Convoca o inesperado, dá esperança pro esquecido, vê e não vê quem merece. Para o Bobô, é uma mãe.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Que saudade do meu Brasil!!!

Por Leandro Carneiro


Quarta-feira de cinzas com muito futebol na tela da televisão. Porém, venho falar neste texto sobre a nossa gloriosa Seleção Brasileira de futebol. O time canarinho entrará nos gramados às 17 horas, mas será que vale a pena parar para acompanhar o jogo ante a Irlanda?

É uma das poucas vezes que olho para o Brasil e não fico empolgado com uma partida. O problema não é ser um amistoso e sim os atletas que compõe o elenco. A partir de agora analisarei um por cada posição e veremos que quem está lá não são os melhores, alias quando se seleciona algo deveria ser escolhido os melhores.

Sinto falta do carismático Marcão, quando vejo Júlio César e Renan como arqueiros do Brasil. Mas tudo bem o goleiro do Palmeiras não joga a muito tempo, porém um jogador jovem vem muito bem, Diego, ex-Atlético Mineiro e atual Almeria, é destaque na Espanha. Os elogios não vêm de um mero estudante de jornalismo e sim de um dos ídolos espanhóis. Iker Casillas, goleiro do Real Madrid, falou muito bem do atleta do Brasil. Pode não agradar os Colorados, no entanto, a realidade é essa.

Talvez a zaga seja uma das melhores da história do futebol brasileiro, mas Lúcio e Juan não estarão em campo por causa de lesões. Um bom teste para quem entrar no lugar dos atletas titulares absolutos e olha que pela frente terão o talentoso Robbie Keane.

Pelas laterais comemoro a não convocação de Maicon e a oportunidade que Rafinha poderá ter, mas Leonardo Moura não. Cicinho poderia ter ganhado outra chance, mas o jogador do Flamengo é pouco para a seleção maior vencedora do mundo. Na esquerda, o Dunga cogita usar Richarlyson. O são-paulino pode até ter se destacado no último ano, porém não me anima ver uma posição onde teve, recentemente, Roberto Carlos e Branco, ter um atleta improvisado.

Sobre o meio-campo que me perdoem, mas é falta de respeito até em pensar no passado. Em 1982, tivemos Toninho Cerezo, Sócrates, Falcão e Zico e agora temos Josué, Gilberto Silva, Julio Baptista e Diego. Podemos formar milhões de meio-campo melhores que esse composto nos dias de hoje.

O ataque é um dos melhores que podemos formar atualmente, mas citar Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo é de humilhar um sistema ofensivo com Luis Fabiano e Robinho. Só não vou falar sobre o Bobô porque ele vestir a camisa de um país pentacampeão virou brincadeira ou irresponsabilidade de quem comanda.

Portanto resta a você leitor decidir se compensa ver essa partida ou se vale mais a pena pegar um vídeo de seleções passadas como o de baixo e assistir ao longo do jogo. Com direito a choro de argentino para ficar melhor. E que o Danilo não venha novamente combater minhas idéias sendo bairrista e defensor dessa nação, pois o futebol dessa seleção ta precária.

SP 10 x 0 RJ

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Não sou da mesma opinião de meu colega de blog. Na verdade, sou totalmente contrário. Apesar de gostar de ver gol, prefiro o futebol disputado. Explico:

Nos últimos anos, presenciamos Paulista e Santo André nas finais da Copa do Brasil, onde bateram, respectivamente, Fluminense e Flamengo. Disputaram, inclusive, Libertadores.Campeonatos da Série A e B são sempre marcados por boas performances dos paulistas.

No Rio de Janeiro, a situação é oposta. Na Copa do Brasil, NUNCA vi um pequeno fazendo bonito. Libertadores... não preciso nem falar. Infelizmente, até mesmo em Campeonato Brasileiro da Série B o desempenho é pífio.

Vejo um futebol divertido no Rio e sério em São Paulo. E esta diferença acaba ficando cada vez mais exposta quando times dos dois estados se enfrentam. Essa diversão, aliás, acaba impedindo o crescimento de times menores cariocas. A fragilidade dos pequenos permite goleadas, inclusive, entre eles.

Vamos ver os campeões dos últimos Campeonatos Brasileiros da Série A:

1997 - Vasco
1998 - Corinthians
1999 - Corinthians
2000 - Vasco (Copa João Havelange)
2001 - Atlético-PR
2002 - Santos
2003 - Cruzeiro
2004 - Santos
2005 - Corinthians
2006 - São Paulo
2007- São Paulo

Nos últimos 11 campeonatos disputados, apenas dois foram conquistados por times cariocas, sendo que um foi a famosa e conturbada Copa João Havelange. Os paulistas, por sua vez, têm sete títulos. Há, também, um crescimento de pequenos de todos os outros cantos do Brasil. Exemplo disso é o menor número de paulistas no Brasileirão dos últimos dois anos: quatro. Até então, São Paulo era representado por seis e até sete times na divisão de elite do futebol nacional. A queda dos paulistas, no entanto, não significa a subida dos cariocas.

Cade o gol?

Por Leandro Carneiro

O futebol carioca neste ano começa dando show. Pode não ter craques, não ter estrelas, mas tem brilho e o principal tem gols. Os jogos tem sido emocionantes, viradas espetaculares tem acontecido e vemos times usando esquema tão combatido no Brasil com três atacantes.

Por exemplo, no Rio de Janeiro temos até agora cinco rodadas e um total de 138 gols. Já em São Paulo são 150 gols em seis rodadas, porém a quantidade de partidas realizadas no Paulista é muito maior. O número absoluto poderia até equiparar os ataques dos clubes, mas isso não acontece.

Até agora, o Campeonato Paulista, o mais forte estadual, como é conhecido, teve 60 jogos contra 40 do Rio. Fazendo a média de gols por partida chegamos a incrível marca de 2,5 tento a cada jogo no estado de São Paulo e 3,4 no Carioca.

A possível justificativa seria o fraco desempenho dos grandes clubes paulistas como dito no texto abaixo, mas não são somente os famosos cariocas que estão balançando as redes. Na última rodada, quinta, o Madureira venceu o Americano por 6 a 3, uma partida com nove gols que ninguém vê a muito tempo.

Como um mal paulista me resta dizer. “Ai que inveja do futebol carioca”. Me perdoem todos os bairristas e fanáticos por defender o estado e a cidade onde nascem ou vivem, mas eu jamais trocaria um 4 a 0 do Flamengo no Engenhão, como no último sábado, por qualquer jogo dos grandes de São Paulo.

Resultados? O Tricolor Paulista deu show e goleou a Macaca por 0 a 0. O Timão e sua nação Alvinegra também fizeram um jogo com muitos gols com o Mirassol e empatou em 0 a 0. Para um jornalista esse texto repete muitos zeros, mas aposto que quando falarem do Verdão os números mudarão. Afinal, o Palmeiras tem o Alex Mineiro. Pois é, mas o jogo do Alviverde foi 1 a 0 para o Noroeste. Já sei, os Meninos da Vila deram show. Não, não apenas um empate do Peixe com o Paulista em 1 a 1.

Não sei se um apelo ou se uma constatação, mas me dá saudades de ver o Campeonato Paulista ser destaque dos jornais, blogs, sites e televisões. Em um futebol que passaram Charles Miller, Pelé, Serginho Chulapa, Careca, Teleco, Servílio de Jesus, Casagrande, Evair, entre outros, não pode se contentar com pouca bola nas redes.

O pedido vai para Acosta (Corinthians), Adriano (São Paulo), Alex Mineiro (Palmeiras), Kleber Pereira (Santos), Otacílio Neto (Noroeste), Pedrão (Barueri), Dinei (Guaratinguetá), Cris (Guarani), Christian (Portuguesa), Renato (Ponte Preta), Bill (Bragantino), Marcus Vinícius (Juventus), Fábio Luis (São Caetano), Branquinho (Rio Preto), Wellington Silva (Marília), Marcos Denner (Sertãozinho), Fabiano Souza (Mirassol), Alex Afonso (Ituano), Mirandinha (Rio Claro), Neto Baiano (Paulista) e todos os outros jogadores que não são os matadores de seus times.

FAÇAM A GALERA GRITAR GOL POR FAVOR, ASSIM COMO O JOSÉ SILVÉRIO ABAIXO!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Acordem, gigantes!

Por Danilo Lavieri Ribeiro

O Paulistão já começou e isso é fato. Vimos, no último domingo, a sexta rodada ser finalizada. Na primeira colocação... o Guaratinguetá.

É, caro leitor, ao contrário do que acontece no Paraná e no Rio de Janeiro, por exemplo, onde os grandes estão prevalecendo, aqui, os times do interior saem na frente. E isso não é novidade. No ano passado, por exemplo, Bragantino e São Caetano deixaram Palmeiras e Corinthians de fora das semi-finais.

A parceria toda poderosa do Palmeiras parece não estar adiantando. A renovação no Corinthians, também não. No Santos, a ‘herança negativa’, deixada, segundo Leão, por Luxemburgo, parece atrapalhar bastante e os ‘meninos’ da Vila ocupam a zona de rebaixamento. O São Paulo, por sua vez, é o único que estaria na segunda fase do campeonato.

Mas, mesmo assim, não corresponde às expectativas que colocavam em cima do Tricolor. Adriano não faz milagres, e até mesmo Rogério Ceni parece cansado. Falhas que antes não eram vistas aparecem cada vez mais na falta de gols do goleiro artilheiro. No último jogo, contra a Ponte Preta, o camisa 1 parece ter dado uma recuperada e fez uma boa partida, mas longe dos shows que o são paulino quer ver.

O que resta para o torcedor é esperar que seja falta de ritmo e não de qualidade. Enquanto isso, Guaratinguetá, Ponte Preta e Noroeste vão aproveitando para abrir a dianteira. O Palmeiras, por exemplo, já fica a sete pontos do primeiro colocado. O Santos briga ainda para sair da zona de rebaixamento e vê o quarto colocado, Noroeste, cinco pontos e 14 posições acima.

E você, torcedor? Acredita que ‘muita bola vai rolar’? Ou a situação vai continuar a mesma?