Por Leandro Carneiro
Confesso não ser um defensor nato do trabalho feito por Muricy Ramalho, mas após este ano e sua entrevista no programa “Bola da Vez” da “ESPN”, eu cheguei a conclusão que de fato o treinador é diferencial.
Como principal defeito, a persistência com coisas que parecem que são claras que não vai dar certo, mas talvez sem a chance que o técnico tem a obrigação de dar para todos que treinam bem seja um dos motivos para que o treinador realize ações como essa.
O técnico chegou ao seu terceiro título brasileiro, o que poderia ser o quarto não é Márcio Rezende de Freitas e STJD? Fora a seqüência de estaduais que já possuía no Internacional, São Caetano e Náutico.
Talvez o Muricy seja diferencial no Brasil, de tanta escassez de jogador e astros. O treinador ao invés de reclamar da vida e do time, vai para o gramado treinar e tirar o máximo de cada atleta, que às vezes são considerados medíocres, de categoria extremamente mediana.
Enfim, em reino de Leão e Luxemburgo, o nome que comanda atualmente é Muricy Ramalho. Os dois outros treinadores que já passaram do auge de suas carreiras, o que não é impossível retornar caso tenham humildade para se reciclarem, há tempos fazem trabalhos fracos ou com títulos de menor expressão.
No entanto, a diretoria do São Paulo e a fidelidade de Muricy estão permitindo tamanho sucesso. Com já havia sido em alguns outros clubes, o técnico não pede demissão por uma proposta milionária do Oriente Médio, é alguns insistem em ficar por lá, alguns que não fazem falta.
O sonho dele? A Libertadores. Título nunca dantes conquistado pelo treinador e que ele deixa claramente ser a grande cobiça. Para o Paulistão? O técnico avisa que irá poupar jogador se necessário para ser tetracampeão da América e do mundo. Melhor que Telê? Ainda não, mas se encaminha para isso, e com muito mais sucesso que o começo do Mestre, que foi tantas vezes criticado por ser um “perdedor”, apelido que mostrou com títulos que era o maior erro.