São Paulo já tem um representante confirmado na Paraolimpíada de Pequim, em 2008. Renato de Oliveira Leite (centro), 25 anos, morador do bairro Jabaquara, conquistou a medalha de ouro no Vôlei Sentado no Parapan do Rio no último mês e a vaga para os Jogos Paraolímpicos. Ele também foi escolhido o melhor jogador da modalidade no País pela Associação Brasileira de Vôlei Paraolímpico.
Renato tem uma história de vida marcante. Sua trajetória mistura o amor pelo esporte, tragédia, reviravoltas e muitas vitórias.
Jogador de futebol amador na adolescência, quando atuava no meio de campo do São Caetano, seu sonho era se profissionalizar. Uma tragédia em janeiro de 2002, no entanto, o tirou dos gramados, mas não do esporte. Ele sofreu um acidente enquanto fazia um “bico” como motoboy e perdeu parte da perna direita. “O mais irônico foi que a pessoa que me atropelou foi o pai de um grande astro do vôlei, o Marcelo Negrão (medalha de ouro na olimpíada de Barcelona, em1992)”, conta Renato, que diz não ter recebido qualquer assistência do motorista.
Mesmo depois do acidente, o atleta não largou o esporte. Tentou voltar ao futebol, mas viu no vôlei um futuro mais promissor: “O futebol não é um esporte paraolímpico. Quando escolhi o vôlei, já estava pensando no futuro”, diz. Renato também se formou em Educação Física e hoje faz pós-graduação na área de reabilitação no Lar Escola São Francisco.
A grande consagração veio com a medalha de ouro no Rio de Janeiro. A meta agora é Pequim. “Vamos trabalhar com a perspectiva de medalha, apesar de encarar times de peso como Irã e Bósnia”, avalia Renato.
O atleta, no entanto, destaca que ainda há muita a se fazer pela modalidade. “Estamos prestes a fechar novos patrocínios e recebendo melhorias na estrutura de treinamento e competições. Isso, além das medalhas que podemos conquistar, vai fortalecer e popularizar o esporte”, acredita.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
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