terça-feira, 7 de agosto de 2007

Futebol: a mina inexplorada

Por: Danilo Lavieri Ribeiro

O ditado diz, 'Tudo que é bom dura pouco'. Com o Inter não foi diferente e , pelo jeito, com o Corinthians também não vai ser. Alexandre Pato (foto à esq.) já está na Itália e, em breve, os corintianos deverão ver seu "xodó" na Ucrânia. Com uma proposta de 37 milhões de reais, Willian deve resistir ao frio e deixar o Timão. Segundo ele, vai em busca de uma vida melhor para sua família.

Em entrevista concedida nessa segunda feira, o jovem jogador disse que está feliz no Corinthians, mas que pensa em comprar uma casa para sua mãe e dar uma vida melhor para família. Ele diz também que o frio pode assustar e que a decisão fica nas mãos de seu pai e seu empresário. Willian (foto abaixo) não é o único a deixar esse assunto com seus empresários. Ultimamente, vários jogadores são reféns dos contratos assinados com esses agentes.

Na última Copa do Mundo sub-20, o Brasil tinha jogadores que já atuavam em grandes equipes européias, como o caso do lateral esquerdo Marcelo, que joga no Real Madrid. Com 18 anos, em média, muitos jogadores saem em busca de um futuro melhor e acabam no esquecimento da torcida brasileira.

Times na falência, jogadores com salários atrasados, atletas abandonando o clube. Notícias, infelizmente, velhas na mídia esportiva. Como dizem, 'o buraco é muito mais embaixo'. Com todo futebol que jogam, jogadores são negociados, muitas vezes, à preços irrisórios perto dos que são vendidos posteriormente. Os empresários aceleram a saída do jogador. A qualidade de vida e o sonho da Europa, além da submissão à vontade de seu agente, fazem com que os jogadores aceitem qualquer proposta. Os clubes com más administrações vendem e resolvem, provisóriamente, o problema.

Profissionais realmente capacitados deveriam assumir o comando dos times, o que tornaria o esporte ainda mais atraente e manteria os jogadores de bom nível por mais tempo no Brasil. Exemplos, como o do volante Lucas (foto), que recusou uma proposta da Ucrânia e, hoje, joga no Liverpool e da direção do Internacional, que segurou a todo custo sua estrela de 17 anos, conseguindo um bom dinheiro, devem ser seguidos. A chave do sucesso já foi achada. Agora, só falta abrir a porta e 'correr pro abraço'.


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