terça-feira, 10 de julho de 2007

A classificação basta?

Por Danilo Lavieri Ribeiro
Hoje,às 21 horas e 45 minutos de Brasília, acontecerá a semifinal da Copa América, onde Brasil e Uruguai se enfrentarão em busca da vaga para a disputa do título. O jogo conta com um retrospecto negativo para os brasileiros. Dos últimos 4 jogos contra a Celeste, o Brasil não ganhou nenhum. Além disso, o jogo trás uma questão que põe muitos torcedores em discussão. Jogar bonito ou jogar por resultado.

Insistentemente, o técnico Dunga defende o estilo de jogo para resultado. O importante é conquistar os 3 pontos, independentemente como esse resultado foi alcançado. Pode ser com um erro do árbitro, com uma jogada isolada, com um único chute a gol ou até mesmo com um pênalti duvidoso. Volantes, como Mineiro (foto), são peças fundamentais no esquema de Dunga.

Já a exigente massa, e, principalmente os amantes da seleção do tri, gostam de um futebol bonito. De toque de bola rápido e de jogadas de efeito. Muitas vezes, é verdade, essas jogadas não tem resultado, mas com toda certeza ficam marcadas para sempre na memória do torcedor. Desse saudosismo, talvez, a enorme pressão que o Capitão do tetra vem enfrentando. A 'velha guarda' gosta do futebol da era Pelé, onde além dos 3 pontos, lindos lances arquitetavam os gols. O 1x0 contra o Equador ficou longe de satisfazer os que eram acostumados a ver Pelé, Clodoaldo, Gérson, Rivellino juntos, em ação, fazendo magias com a bola. A seleção do tri (foto), eleita a melhor de todos os tempos pelo site Worldsoccer, deixa saudades.

O fato é que jogar na Seleção Brasileira tem o enorme peso de gerações passadas. O grande respeito dos adversários, impõe também uma responsabilidade extra para os que jogam com a verde e amarela. O último 6x1, contra o frágil Chile, ficou longe de convencer a todos, e, mais uma vez, hoje, a seleção será colocada à prova. Quero a classificação e depois o jogo bonito. Duvido que a maioria contemporânea, acostumada apenas com o futebol atual, onde a forte marcação prevalece, queira algo diferente do meu desejo.

Foto:

Um comentário:

Anônimo disse...

caro danilo:o pêso das seleções 58,62,70,82 e 98,realmente é monstruoso,principalmente para os apátridas atuais $$$$,porém, todos nós gostamos de futebol e ao que parece,futebol joga-se com 11 de cada lado,em conjunto,com o mesmo objetivo e principalmente, com prazer e vontade para ganhar. A seleção de 98 pode servir de exemplo: além de jogar para ganhar,jogou para o mundo lembrar de como é que se deve jogar para mostrar que criativade e improvisação sempre foram as maiores armas que sempre tivemos e que os trogloditas da vida querem deixar de lado.
miguel lavieri neto